Page 203 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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SEÇÃO I
Fimatosa ( subtipo III)
Esses pacientes apresentam aumento volumétrico de áreas da face (“FIMA”), sendo mais comumente
no nariz, mas pode afetar queixo, testa e bochechas, eventualmente acompanhado de grande deformidade
(Figura 72).
Figura 72. Imagem clínica de
eritema difuso, telangiectasias
grossas, pápulas, espessamento
e aumento de volume do nasal
em rinofima.
Fonte: Imagem cedida pela Dra.
Karina Demoner.
Ocular (subtipo IV)
Quando há comprometimento dos olhos, que se mostram irritados e eritematosos, acompanhado de
várias queixas subjetivas (fotofobia, sensação de areia nos olhos, comichões, etc). Está presente algum grau
de envolvimento ocular na maioria dos pacientes afetados, mesmo não sendo muito evidente.
Diagnóstico diferencial
Deve ser realizado com outras causas de flushing facial, como dermatite perioral, dermatite por cor-
ticosteroides, acne vulgar, eczema seborreico, e outras.
Ultrassonografia
Bustos e cols. analisaram e compararam os exames ao color Doppler de pacientes controle (10) e pa-
cientes com rosácea (23) pápulo-pustulosa, avaliando a espessura e a vascularização da derme e subcutâneo
da bochecha direita, da cartilagem alar e da ponta do nariz. Foi observado aumento significativo da vasculari-
zação e da espessura dérmica, principalmente nas bochechas dos pacientes afetados. Tais achados não mos-
traram alteração após tratamento tópico, sendo considerado que a rosácea não é somente uma alteração das
camadas superficiais da pele e que a avaliação clínica isolada não analisa corretamente o grau de inflamação
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