Page 201 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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SEÇÃO I
• flushing: episódios de eritema prolongado, pouco visível em fototipos altos. Diferente de outras
causas de eritema facial, na rosácea este se desenvolve em segundos a minutos em resposta a
estímulo neurovascular por gatilhos variados.
• telangiectasia: sinal cutâneo comum nesses pacientes, mais observado nos fototipos baixos.
• sintomas oculares: esclerite, escleroceratite, telangiectasias da margem palpebral, ingurgitamen-
to conjuntival, infiltrados córneos aracneiformes.
c. Critérios secundários:
• queimadura ou ferroadas: presentes nas áreas eritematosas das bochechas, sem descamação as-
sociada.
• edema: decorrente do extravasamento pós-capilar de líquidos durante o período de inflamação,
permanecendo, às vezes, por dias. Pode ser visto edema endurecido como sinal isolado.
• xerose: principalmente nos malares, o que leva a diagnóstico diferencial com diversas outras pa-
tologias (eczema seborreico, principalmente) (Figura 69).
• sintomas oculares: alterações das margens palpebrais, disfunção da produção lacrimal, crostas melicé-
ricas, acúmulo em colarete.
Figura 69. Imagem clínica
mostrando descamação, erite-
ma difuso e pápulas eritema-
tosas, nos malares de paciente
com Eczema Seborreico.
Fonte: arquivo pessoal das autoras.
Classificação clínica
Eritemato-telangiectásica (subtipo I)
É considerada uma resposta inflamatória neurovascular primária (inflamação neurovascular). Os pa-
cientes apresentam apenas eritema e telangiectasias, principalmente nas regiões malares, mas pode afetar
queixo e orelhas (Figura 70).
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