Page 222 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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ULTRASSONOGRAFIA APLICADA À DERMATOLOGIA E À COSMIATRIA
O ultrassom dermatológico ao estudo com Doppler tem uma boa acurácia em avaliar a atividade
inflamatória da lesão da morfeia, mesmo em lesões clinicamente inativas, sendo útil no monitoramento da
atividade da doença.
Desse modo, no manejo da morfeia, não há necessidade de ser realizada biópsia (com possíveis
consequências estéticas desagradáveis), pois a ultrassonografia pode fornecer informações anatômicas e
vasculares.
Num estudo, Ximena et al. compararam os achados de US com Doppler com os achados histológicos.
As medidas realizadas foram a espessura da pele, ecogenicidade e fluxo sanguíneo, sendo demonstrado
que o aumento da ecogenicidade do tecido subcutâneo e o aumento do fluxo sanguíneo foram os achados
de maior acurácia.
A espessura da derme e a redução da ecogenicidade da derme possuem alta sensibilidade, porém,
pouca especificidade, pois podem ser vistos em pacientes com fotoenvelhecimento.
A ocorrência de parotidite ipsilateral (com aumento do fluxo vascular e redução da ecogenicidade),
pode estar relacionada à síndrome de Parry-Romberg (atrofia hemifacial progressiva associada à Morfeia
facial ipsilateral).
Os achados ultrassonográficos na fase ativa da doença foram:
• Hiperecogenicidade do subcutâneo.
• Perda da definição dermo-hipodérmica.
• Aumento do fluxo sanguíneo ao color Doppler.
• Aumento da espessura dérmica e hipoecogenicidade da derme são achados menos específicos,
que também podem estar presentes em outras condições inflamatórias da derme.
Figura 94. Morfeia.
Fonte: arquivo pessoal das autoras.
(A) Imagem clínica.
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