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DIRETRIZES PARA LAUDOS DE ULTRASSONOGRAFIA















                             fáscia temporal e se anastomosa com seus homólogos contralaterais, com a
                             artéria auricular posterior e com a artéria occipital.

                                   Ainda no interior da parótida, a artéria temporal superficial emite a ar-
                             téria transversa da face, que irriga a parótida, o ducto parotídeo e o músculo
                             masseter.

                                   A artéria maxilar é o maior dos ramos terminais da artéria carótida
                             externa, originando-se em meio à glândula parótida, atrás do colo da man-
                             díbula e irriga as estruturas profundas da face.

                                   Na avaliação dos principais músculos da face, ressaltamos a identifica-
                             ção do músculo frontal, músculo corrugador do supercílio, músculo orbicu-
                             lar do olho, músculo prócero, músculos zigomáticos maior e menor, músculo
                             risório, músculo orbicular da boca (partes superior e inferior), músculo de-
                             pressor do ângulo dos lábios e músculo depressor do lábio inferior.


                                   O músculo masseter também deve ser identificado e, quando solici-
                             tado, mensurado bilateralmente no mesmo nível, pois sua avaliação ultras-
                             sonográfica tem se mostrado útil no bruxismo, bem na avaliação dos seus
                             efeitos na parte inferior da face, bem como na assimetria pós bichectomia.


                                   O tecido subcutâneo, na região do mento e no sulco nasogeniano, é
                             mais hiperecogênico do que o do restante da face, o que deve ser lembrado
                             para não confundir com a presença de preenchedores.

                                   O compartimento de gordura bucal, também conhecido como “bola de
                             Bichat”, tem morfologia triangular e possui extensões entre os músculos
                             masseter, temporal e pterigóide. A artéria e veias faciais localizam-se ante-
                             riormente à bola de Bichat. A correta identificação e avaliação da gordura de
                             Bichat permite o cálculo do seu volume, muitas vezes solicitado. (Figura 26).

                                   À identificação da glândula parótida, ressalta-se a possibilidade de
                             haver proeminência do seu lobo anterior ou haver glândula parótida aces-
                             sória, localizada no meio da região malar e que acompanha o ducto parotí-
                             deo. (Figura 27).


                                   As  glândulas  submandibulares  também devem ser avaliadas, para

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