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DIRETRIZES PARA LAUDOS DE ULTRASSONOGRAFIA















                                   AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS

                                   Serão descritas aqui as de maior importância:


                                         A artéria carótida externa emite, em média, oito ramos que irrigam a
                                   face e as estruturas do pescoço dentre elas, a artéria facial.

                                         A artéria facial, após juntar-se à veia facial, torna-se bastante superfi-
                                   cial e, contornando a borda do masseter, penetra na face. Próximo à comis-
                                   sura labial, ela se ramifica e dá origem à artéria labial, que pode ter três lo-
                                   calizações: submucosa (a mais comum), intramuscular ou subcutânea, sendo
                                   esta mais raramente. Seus ramos inferior e superior têm trajeto tortuoso e
                                   se anastomosam com a artéria do lado oposto. (Figura 29)


                                         A artéria labial superior é maior e mais tortuosa do que a inferior, si-
                                   tuando-se entre a membrana mucosa e o músculo orbicular dos lábios. Ela
                                   emite um ramo septal, que irriga o septo nasal, e um ramo alar, que irriga a
                                   ala nasal.

                                         Após emitir esses ramos, a artéria facial segue em direção ascendente
                                   e emite o ramo nasal lateral, que irriga a asa e o dorso do nariz e se anas-
                                   tomosa com o lado contralateral, com os ramos septal e um ramo alar, com
                                   o ramo dorsal da artéria oftálmica e com o ramo infraorbital da artéria
                                   maxilar.


                                         A parte terminal da artéria facial é a artéria angular, que ascende em
                                   direção ao ângulo medial da órbita e é acompanhada da veia angular, mais
                                   lateralmente. Seus ramos anastomosam-se com a artéria infraorbital e irri-
                                   gam o saco lacrimal e o músculo orbicular do olho; em seguida, unem-se ao
                                   ramo dorsal da artéria oftálmica.

                                         A artéria temporal superficial é a continuação da artéria carótida ex-
                                   terna e o menor dos dois ramos terminais desse vaso. (Figura 28). Ela co-
                                   meça no interior da parótida, passa por cima da raiz posterior do processo
                                   zigomático e se divide nos ramos frontal e parietal, cerca de 5 (cinco) cen-
                                   tímetros acima desse processo. O ramo frontal corre em direção à fronte,
                                   anastomosando-se com com seus ramos contralaterais, com a artéria supra-
                                   orbital e com a artéria frontal. O ramo parietal situa-se superficialmente à

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