Page 226 - Diretrizes para laudos de ultrassonografia
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DIRETRIZES PARA LAUDOS DE ULTRASSONOGRAFIA






                        INTRODUÇÃO







                                   A Ultrassonografia é utilizada na Dermatologia desde os anos 70 para
                             avaliar o espessamento cutâneo. Com o desenvolvimento dos equipamen-
                             tos que aliam transdutores lineares de alta frequência (que chegam até 70
                             MHz) a novas tecnologias de pós processamento, passou a ser possível a
                             avaliação de estruturas diminutas através das imagens em escalas de cinza
                             e de alta resolução e informações de fluxo vascular em tempo real. Atual-
                             mente, aspectos anatômicos e fisiológicos detalhados de lesões cutâneas e
                             alterações mais profundas dos tecidos moles são visibilizados .
                                   O ultrassom é importante na avaliação inicial para diagnóstico e/ou
                             avaliação pré terapêutica, no acompanhamento de patologias e terapias.
                                   A  Ultrassonografia  de Alta  Frequência  tem vasta  aplicação  na  Cos-
                             miatria, sendo um método de avaliação por imagem não invasivo que pode
                             identificar,  localizar  e  fornecer  as  medidas  de  músculos,  artérias, veias  e
                             glândulas, além de detectar variações anatômicas. Possibilita a identificação
                             dos diversos tipos de preenchedores estéticos, sua localização e, também, de
                             outros procedimentos estéticos não cirúrgicos, como os fios de sustentação.
                                   Numa abordagem multidisciplinar, podemos guiar procedimentos
                             estéticos, trazendo mais segurança para os pacientes e médicos injetores,
                             além de auxiliar na resolução de possíveis complicações inerentes a esses
                             procedimentos. Propicia, ainda, um planejamento pré operatório mais preci-
                             so para a cirurgia plástica.



                             TÉCNICA DO EXAME


                                   Para a realização do exame, o paciente deve ser posicionado de acordo
                             com a área a ser examinada, à direita do médico operador, sendo necessária
                             uma generosa camada de gel e leveza nas mãos do operador, para evitar a
                             compressão e melhora do ponto focal (Figura 1). O examinador pode apoiar
                             o 4º e 5º dedos no paciente, a fim de evitar a compressão e estabilizar a mão
                             para a realização do exame.
                                   Recomenda-se tricotomia e remoção de crostas, se possível e necessá-
                             rio, para melhor acurácia do exame.
                                   É preconizada a avaliação no Modo B, com varredura em pelo menos 2
                             (dois) eixos e é imprescindível o  estudo com Doppler colorido, de alta sen-
                             sibilidade, pulsado, para avaliação da presença e padrões de vascularização.





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