Page 525 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
P. 525
SEÇÃO III
TUMOR GLÔMICO
Tumores glômicos são tumores benignos, originados dos corpos glômicos, que são anastomoses neu-
romioarteriais, responsáveis pelo controle do fluxo sanguíneo.
São relativamente raros e a região mais frequente de acometimento é no leito ungueal.
As manifestações clínicas mais comuns incluem a tríade hipersensibilidade ao frio, dor severa e sen-
sibilidade localizada. Pessoas portadoras de neurofibromatose tipo I apresentam mais chances de desen-
volverem esses tumores.
Achados ultrassonográficos
Ao ultrassom, os tumores glômicos podem ser vistos como lesões pequenas, bem circunscritas, hipo-
ecoicas, com hipervascularização ao power ou color Doppler.
O Power e o Color Doppler possuem a limitação de não conseguirem avaliar fluxos em estruturas
menores que 0,1 mm, sendo útil o emprego do Superb Microvascular Imaging (SMI), que usa um algoritmo
que remove artefatos de movimento, mantendo a sensibilidade ao fluxo sanguíneo de baixa velocidade. Em
aproximadamente 60% desses tumores é possível identificar um fluxo vascular exuberante, conectando a
lesão às partes moles adjacentes, conhecido como stalk sign.
Devido ao crescimento lento desses tumores, é possível observar o remodelamento ósseo adjacente
à lesão. A presença da alteração óssea pode ser sutil, devido ao pequeno tamanho desses tumores, e é me-
lhor identificada no plano axial, no qual se pode notar a perda da esfericidade da falange distal (Figura 4).
Figura 4. Tumor glômico.
Fonte: arquivo pessoal das autoras.
(A) Imagem clínica da unha
do 1º quirodáctilo direito.
525