Page 454 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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ULTRASSONOGRAFIA APLICADA À DERMATOLOGIA E À COSMIATRIA








           Figura  1.  Imagens ultrasso-
           nográficas  da  pele  (Modo  B),
           de pele não glabra, demons-
           trando o surgimento da ban-
           da subepidérmica hipoecoica
           (SLEB) com o fotoenvelhe-
           cimento na imagem, aos 60
           anos.
           Fonte:  arquivo  pessoal  da  autora,
           adaptado de Zattar e Cerri, 2021.
















            PREENCHEDORES ESTÉTICOS E BIOESTIMULADORES DO COLÁGENO


            Nos últimos anos, tem sido crescente o número de procedimentos estéticos com injeção de materiais
       exógenos para tratamento, principalmente na face. Esses injetáveis podem ser classificados em dois tipos:
       degradáveis (absorvíveis) e permanentes, sendo estes, atualmente, contraindicados devido às complicações
       que podem acarretar, mesmo anos após sua aplicação.
            A ultrassonografia  pode determinar a presença, a localização e o tipo de preenchedores usados, os
       quais  são divididos de acordo com sua ecogenicidade, sendo, geralmente, os componentes hidrofílicos ane-

       cogênicos e os derivados de materiais sintéticos, hiperecogênicos. A ultrassonografia também tem valiosa
       importância na avaliação de complicações relacionadas a preenchedores e bioestimuladores de colágeno.
            O estudo com Doppler colorido deve ser sempre associado e pode mostrar  a presença de vasos
       adjacentes à área de localização dos preenchedores, caso ocorram  alterações inflamatórias na região de
       depósitos desses materiais.


            Polimetilmetacrilato (PMMA)

            É considerado um preenchedor permanente sintético, composto por microesferas de polimetilmeta-
       crilato não reabsorvíveis, associadas a um gel de colágeno bovino.
            À ultrassonografia pode se apresentar como áreas hiperecogênicas com sombra acústica posterior,
       com ou sem focos hiperecogênicos puntiformes, com reverberação posterior descrita em  “cauda de cometa”
       (Figuras 2 a 4).




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