Page 92 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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ULTRASSONOGRAFIA APLICADA À DERMATOLOGIA E À COSMIATRIA








       chamado “queloide espontâneo”, que ocorre mais comumente nas áreas do tórax, do colo, do pescoço ante-
       rior, dos ombros e das orelhas, podendo acometer outros locais.
            Ao contrário da cicatriz hipertrófica, o queloide cresce sem respeitar os limites da ferida original e, em
       alguns casos, há queixas de dor, prurido leve, “sensação de queimação ao redor da cicatriz e, a depender do local
       afetado, pode ocorrer, também, limitação do movimento e/ou dor na movimentação.


            Achados ultrassonográficos

            •  Observa-se espessamento hipoecogênico e/ou heterogêneo da derme, que desloca superior-
                mente a epiderme e segue o eixo das camadas da pele. A extensão para as camadas mais
                profundas pode ou não existir. Eventualmente, há comprometimento do tecido celular sub-
                cutâneo, da fáscia e/ou muscular.
            •  O estudo ao Doppler colorido auxilia no rastreamento da atividade do queloide, que é su-
                gerida na presença de vascularização intralesional, sendo observados vasos arteriais e/ou
                venosos de baixa velocidade nessa condição. A detecção de atividade remete à consequente

                perpetuação e/ou crescimento da lesão.
            •  A evolução do queloide pode ser complicada pela presença de tratos fistulosos hipoecogê-
                nicos e focos de calcificação.







           Figura 1.  Queloide. (A) e (B)  Ima-
           gens clínicas da mesma paciente,
           com vários queloides na cicatriz
           de tireoidectomia com esvazia-
           mento cervical e no colo.
           Fonte: arquivo pessoal das autoras.
























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