Page 53 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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SEÇÃO I




               a realização de pelo menos 30 (trinta) exames sob a supervisão de profissional com experiência na área e
               300  (trezentos) exames por ano.


                     TÉCNICA DO EXAME
                      Para a realização do exame, o paciente deve ser posicionado à direita do médico examinador e de
               acordo com a área a ser avaliada.
                     Faz-se necessário  o uso de uma generosa camada de gel sobre a lesão e a região perilesional,  po-
               dendo o 4º  (quarto) e o 5º (quinto) dedos do examinador serem apoiados no paciente, trazendo estabilidade
               durante a realização do exame e para que não haja compressão da área avaliada.  A tricotomia e a remoção

               de crostas auxiliam na melhor acurácia do exame e a avaliação do lado contralateral também pode ser de
               grande importância.
                     A avaliação no Modo B deve ser realizada em pelo menos 2 (dois)  eixos perpendiculares (longitudinal
               e transversal). O  estudo com Doppler colorido e pulsado deve ser sempre associado e, caso estejam dispo-
               níveis no aparelho, recursos de Eco Angio devem também ser utilizados. A análise espectral, com pelo menos
               3 (três) curvas nas lesões não vasculares e 6 (seis) naquelas vascularizadas, é de fundamental importância
               para a realização de uma avaliação adequada.

                     No rastreamento ultrassonográfico de processo inflamatório, a presença de vasos intra e/ou perilesio-
               nais ao Doppler colorido confirmam o diagnóstico, sendo considerado  pico de velocidade sistólica máxima
               como baixa, quando menor ou igual a 15 cm/s, de  velocidade média entre 16 e 35 cm/s e de alta velocidade
               acima de 36 cm/s.  Na  análise da curva espectral, nesses casos, observa-se  fluxo arterial e/ou  venoso.
                     A fim de obter uma avaliação adequada, o aparelho deve ser ajustado com o foco nos primeiros 3 (três)
               cm e a PRF (frequência de repetição de pulso) deve ser baixa; ainda, o ganho do Doppler Colorido precisa es-
               tar abaixo do limiar de ruído.  Na avaliação de lesões maiores, sugere-se a realização de imagens panorâmicas.






                                                                                     Figura 3. Imagem da técnica para
                                                                                     exame  de  Ultrassonografia  Der-
                                                                                     matológica, com generosa cama-
                                                                                     da de gel e leveza nas mãos do
                                                                                     operador, com  o apoio do quarto
                                                                                     e quinto dedos do examinador
                                                                                     para estabilidade da mão durante
                                                                                     a realização do  exame. Na ima-
                                                                                     gem, exame para avaliação das
                                                                                     estruturas labiais, com transdutor
                                                                                     de 18 MHz.
                                                                                     Fonte: arquivo pessoal das autoras.








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