Page 195 - Ultrassonografia Aplicada à Dermatologia e à Cosmiatria - Uma Abordagem Clinica e Ecográfica
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SEÇÃO I
g. Cicatrização: focos hipoecogênicos ou faixas hipoecogênicas com um padrão fibrilar na derme, que
pode levar a graus variáveis de retração epidérmica. (Figura 60)
Figura 60. Imagem ultrassono-
gráfica no Modo B mostrando
área hiperecogênica fibrilar,
ocupando da derme até a hi-
poderme, equivalente a cicatriz
acneica na bochecha direita.
Fonte: arquivo pessoal das autoras.
Wostsman e cols. propuseram uma classificação de gravidade da patologia denominada SOS-acne,
onde se considera o tipo e o número de lesões (5), sendo:
• Leve: menos que 5 pseudocistos e sem fístulas.
• Moderada: 5-9 pseudocistos e sem fístulas.
• Grave: 10 ou mais pseudocistos e/ou fístulas.
Cicatrizes
As cicatrizes são o produto final do processo infeccioso. Num mesmo paciente, costuma haver uma as-
sociação de tipos de cicatrizes, sendo considerado o mais frequente para sua classificação.
Ao USAF, apresentam áreas deprimidas dermo/epidérmicas, com diferentes graus de retração dérmica.
São classificadas, clinicamente, como:
CIcatrizes elevadas:
a. Hipertróficas: são as que se elevam acima da superfície cutânea, limitando-se à área de injúria origi-
nal. São frequentes nas regiões mandibulares, malares e glabelar.
b. Queloidianas: encontradas em pacientes com predisposição genética, sendo esta a principal carac-
terística que as diferencia das outras. Suas dimensões excedem a da injúria inicial, sendo comuns nas regiões
mandibulares, escapulares e esternal.
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